segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A vida e o porta-joias

Depois de dois cafés e uma xícara concentrada de chá mate, é claro que a noite chegou e o sono foi embora. Uma pilha de trabalho para fazer, mas veja que coisa, a vontade de trabalhar também se foi. O que fazer então? Perder-se nas milhares de atualizações no Facebook, what else?
Cavucando a vida alheia, percebi que a maior parte das pessoas da minha rede estão em um “relacionamento sério” com alguém, seja noiva/o, namorada/o, namorida/o. O fato é que todos (ou quase todos para ser justa) têm seu par. Pensei com os meus botões: poxa, será que sobra alguém pra mim?
A vida parece mesmo um belíssimo porta-jóias, em que convivem pares e pares de brincos. Ela se organiza em pares. Esses pares podem se desfazer, mas, provavelmente, por obra do destino ou empurrãozinho de um amigo, podem se rearranjar em novos pares. E assim a vida segue…
Pensando nisso, me lembrei que os brincos, apesar de existirem em pares, podem também existir sozinhos, ou ao menos distantes do seu par. Enquanto um está perdido no fundo de uma gaveta, o outro está caído e esquecido embaixo da cama. Em casos desse tipo, estes brincos podem um dia se encontrar e voltarem a ser um par, mas em outros, talvez eles nunca se encontrem, talvez estejam perdidos para sempre. Quem sabe?