segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A inspiração vem de onde?


Hoje inauguro este blog depois de pelo menos cinco anos de planejamento e desejo de fazê-lo. Sempre dizia a mim mesma: eu vou fazer um blog, eu vou escrever, eu vou, eu vou, eu vou, sempre no futuro. Mas hoje, há uns 30 minutos atrás eu decidi criar esse blog e o criei assim de repente, pois se não o fizesse, talvez passasse mais cinco anos projetando este dia. Mas a vida não é só feita de projetos, é também feita de acasos ou de casos simplesmente, ou ainda de acontecimentos.
Hoje, voltei do cinema inebriada, como na maioria das vezes, pois o cinema é a coisa que mais amo no mundo! Eu fico em um estado de espírito difícil de explicar. E acho que eu poderia dizer que é daí que vem minha inspiração. A minha cabeça começa a fervilhar, criando mil frases possíveis de se dizer, mas aí eu não registro e elas voam, fogem de mim e eu esqueço. Mas hoje decidi segurá-las por alguns instantes para que possam permanecer eternamente, ou enquanto durar esta folha de papel.
Os dois textos de hoje são frutos da inspiração. Peguei o caderno e a caneta apenas para anotar algumas idéias e desatei a escrever. Já escrevi cinco páginas de um só repente e parto para o fim da sexta. Não farei revisão, pois quero que eles sejam livres retratos de um instante.
Saí da arquitetura porque queria escrever. E escrever foi tudo o que fiz nestes cinco anos. Textos muito bem feitos, formatados, argumentativamente claros, excessivamente organizados e incrivelmente diferentes do que de fato gostaria de escrever.
É por isso que neste blog os textos parecerão imperfeitos, porque é assim que eles têm que ser. Aqui vai ser o espaço da liberdade das minhas letras que ficaram presas por tanto tempo, pobrezinhas.
Por isso não prometo postagens diárias, simultâneas ou dinâmicas como pede a era digital. Apenas textos brotados de meu pensar-sentido ou de meu sentir-pensado, fugitivos desesperados da lógica e da perfeição. 

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